quinta-feira, 1 de março de 2012

Que diabos, afinal, estou fazendo aqui

Nosso amigo aquário no meio do hotel

Todo mundo já cansou de ouvir falar no bendito aquário no meio do hotel em que eu fiquei até esta quarta, mas ainda não expliquei que diabos estou fazendo aqui. Uma bolsa do Internationale Journalisten-Programme (IJP) me trouxe pra cá. Sabia dela desde que entrei na faculdade e a única coisa que faltava para me inscrever era a idade mínima. Então, completados os 25 anos, me inscrevi. Logo, não é de se espantar que eu seja a caçula do grupo de 11 jornalistas. Ficaremos aqui dois meses trabalhando em jornais, agências de notícia e tvs da Alemanha.

Diferente do que eu  entendi antes de vir pra cá, os 11 não são da América Latina (isso que dá ler só a versão em português da ficha de inscrição). No nosso grupo, estão também jornalistas alemães que em maio embarcam pro Brasil, Argentina, Chile e outros países para trabalhar por dois meses, do mesmo jeito que nós vamos fazer aqui. Ou seja, aquele monte de nome com ö ä ü nos participantes era por isso. 

Todos nós ficamos hospedados no hotel e nesses três dias tivemos seminários, apresentações, almoços, jantas, poucas horas de sono, muitas horas de conversa e até um banho de piscina no spa chiquíssimo do hotel. As palestras eram todas no prédio da Allianz (um dos patrocinadores do programa) ali de cara para o portão de Brandembugo.


Seminário na sede da Allianz


Nesses seminários os convidados falaram de temas que podem nos ajudar entender melhor e pensar em matérias para fazer daqui. Para ter um exemplo, veio economista, jornalista que trata do aumento dos grupos neofascistas em algumas regiões do país, cientista político, correspondente alemão na América Latina, correspondente latino na Alemanha. Super legal para dar um panorama do que a gente pode fazer/pesquisar quando estiver aqui. Mais interessante ainda é que o grupo é bem diverso com gente que trabalha com diferentes áreas do jornalismo. Todo mundo super faceiro com a oportunidade e meio apavorado por ter que escrever em alemão, português ou espanhol. 

Vista do prédio da Axel Springer Verlag
Além desses seminários, visitamos a editora Axel Springer, dona de jornais como o Bild (só o maior da Alemanha), die Zeit e mais um catatau de publicações importantes. Enquanto esperávamos o elevador no prédio, passou pela gente ninguém menos que o Mark Wahlberg. Todo mundo ficou "ó, olha ali". Ele é gato, mas bem baixinho, gente.

Teve ainda um passeio com uma guia pela cidade. Apesar de eu já ter vindo pra cá algumas em outras ocasiões e já ter feito o roteiro turístico umas cinco vezes, foi bem interessante. Até porque o que não falta aqui em Berlim é história pra contar. Em todo o caso, a dona "Rosa" (nossa guia) era uma figuraça daquelas sem muito filtro e que fala tudo que vem na cabeça. Deu pra rir bastante. Mas nessa rotina puxada eu acabei me dando meio mal. Não tá fazendo -20 graus como no meio de fevereiro, a temperatura tá entre 5 e 10C mas tem uma chuvinha chata e fina e bendito do vento. Assim, a esperta aqui já está doente e com dor na barriga de tanto tossir. Então, caso a coisa não melhore, ainda essa semana devo usar o seguro saúde internacional pela primeira vez na viiiida.

Até porque meu estágio no jornal Tagesspiegel começa nesta quinta e não dá pra chegar caidona. Estou ultra curiosa para ver como vai  ser e como vai funcionar tudo. Até agora, o editor só me disse que provavelmente vou trabalhar na redação online. Ah, sei também que o restaurante do jornal é bom, disse o colega que trabalha para a AFP daqui hihihi.

Nina, a organizadora da função toda

Jornalistas jornalando no hotel

Um comentário:

  1. já é meu novo meio de "produção de energia necessária para a sobrevivência" (nas plantas é a popular fotossíntese).

    beijo

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